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Nota originalmente publicada em:
http://www.jornaldaciencia.org.br/edicoes/?url=http://jcnoticias.jornaldaciencia.org.br/4-conexao-de-alto-desempenho-entre-eua-e-brasil-vai-intensificar-cooperacao-cientifica/

Conexão de alto desempenho entre EUA e Brasil vai intensificar cooperação científica

“Com essa capacidade internacional de 100 Gb/s, estaremos preparados para a demanda que se afigura para os próximos três anos”, disse Eduardo Grizendi, da RNP. Em 2017, outros seis links com a mesma capacidade entre Miami e a América Latina devem entrar em operação

Duas novas conexões de 100 Gb/s entre São Paulo e Miami foram ativadas na última quinta-feira (7), ampliando a saída internacional da rede acadêmica brasileira, a Ipê. As novas conexões, em operação por meio de cabos submarinos nos oceanos Atlântico e Pacífico, fazem parte do projeto Amlight Express and Protect, financiado pela National Science Foundation (NSF), pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), organização social ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. O consórcio Amlight gerencia as conexões entre Estados Unidos e América Latina para ensino e pesquisa.

Em 2017, outros seis links com a mesma capacidade entre Miami e a América Latina devem entrar em operação, informou o engenheiro de redes da Universidade Internacional da Flórida (FIU, em inglês) Jeronimo Bezerra. Segundo ele, as conexões internacionais de 100 Gb/s estabelecem novos parâmetros em conectividade de alto desempenho nas Américas e possibilita oportunidades de colaboração científica.

Uma das iniciativas beneficiadas será o projeto internacional de Astronomia Large Synoptic Survey Telescope (LSST), que conta com a participação de 50 pesquisadores brasileiros. O LSST é um telescópio em construção em Cerro Pachón, no Chile, previsto para entrar em operação em 2022 e que terá capacidade para fazer o mapeamento de quase metade do céu por um período de dez anos.

Para que a capacidade de 100 Gb/s seja utilizada plenamente pela comunidade acadêmica, a RNP também trabalha para elevar a capacidade do seu backbone nacional, que atende universidades e institutos de pesquisa em todo o País. Apenas em São Paulo, o canal poderá beneficiar as instituições conectadas à Ansp (rede acadêmica de São Paulo), assim como as interligadas à RNP, responsáveis por mais de 40% da produção científica nacional.

“Com essa capacidade internacional de 100 Gb/s, estaremos preparados para a demanda que se afigura para os próximos três anos”, disse o diretor de Engenharia e Operações da RNP, Eduardo Grizendi.

Um dos principais desafios para a ativação dessa infraestrutura de alto desempenho foi a limpeza dos cabos de fibra óptica nas conexões terrestres, uma vez que qualquer resquício de sujeira ou oleosidade na interface entre as fibras pode derreter com o calor propagado pelo tráfego de dados, danificando a integridade física da rede. “A sujeira pode não só estragar o sinal, como pode fazer com que a fibra queime”, explicou Jeronimo.

Outro desafio será o monitoramento do tráfego em altíssima velocidade, que dependerá de recursos computacionais complexos. Um desses recursos habilitados na conexão internacional entre Brasil e Estados Unidos é a tecnologia de Redes Definidas por Software (SDN, em inglês), que permite mais flexibilidade, robustez e possibilidade de programar a operação do tráfego.

MCTIC

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